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Área Útil vs Área Bruta: O Guia das Áreas e o Impacto no Preço

  • Foto do escritor: DS PRIVATE PORTO AVENIDA
    DS PRIVATE PORTO AVENIDA
  • 27 de nov.
  • 3 min de leitura
preço dos imoveis

Imagine este cenário: encontra o apartamento dos seus sonhos anunciado com 150m². O preço parece justo para essa dimensão. No entanto, quando chega a avaliação bancária, o relatório indica apenas 115m². De repente, o valor por metro quadrado dispara, o banco financia menos do que esperava e o negócio fica em risco.


O que aconteceu? Caiu na armadilha da "sopa de letras" das áreas imobiliárias.


Em Portugal, a disparidade entre o que está na Caderneta Predial, na Certidão do Registo e na realidade física é comum. Mas saber distinguir Área Útil de Área Bruta não é apenas semântica — é uma competência financeira essencial para quem compra ou vende qualquer tipo de imóvel.


Na DS PRIVATE PORTO AVENIDA, acreditamos que a transparência métrica é a base de um negócio seguro.


1. O Glossário Essencial (O Que é O Quê?)


Para saber o valor real de um imóvel, precisa de falar a língua correta.


A. Área Bruta Privativa (ABP) – "A Rainha das Áreas"


É a medida standard do mercado e a que consta na Caderneta Predial Urbana.

  • O que inclui: A área total do apartamento, medida pelo perímetro exterior e eixos das paredes separadoras, incluindo varandas fechadas (marquises), caves e sótãos privativos com utilização idêntica à do edifício.

  • Para que serve: É a base para o cálculo do IMI, do IMT e, na maioria das vezes, para as Avaliações Bancárias. É a métrica mais fiável para comparar preços de mercado (€/m²).


B. Área Útil (AU) – "A Área de Vivência"


É a área onde realmente "pode pisar".

  • O que inclui: A soma das áreas de todos os compartimentos da habitação (quartos, sala, cozinha), descontando a espessura das paredes, condutas, escadas interiores e zonas com pé-direito inferior a um certo limite.

  • Para que serve: Medir o conforto e a habitabilidade real. Geralmente, a Área Útil é cerca de 15% a 20% inferior à Área Bruta Privativa.


C. Área Bruta Dependente (ABD) – "Os Extras"


  • O que inclui: Garagens, arrecadações, lugares de estacionamento, varandas abertas e terraços.

  • O erro comum: Somar esta área à ABP para vender a casa como sendo maior.


2. Onde Está a Verdade? A Guerra dos Documentos


Porque é que o mesmo imóvel tem áreas diferentes em documentos diferentes?

  1. Caderneta Predial (Finanças): Foca-se na tributação (ABP). É, geralmente, o documento mais atualizado em termos de áreas, mas pode conter erros se o imóvel sofreu obras não comunicadas.

  2. Certidão do Registo Predial (Conservatória): Foca-se na titularidade jurídica. Muitas vezes, as descrições na Conservatória são antigas e vagas (ex: "casa com logradouro"), não discriminando áreas com precisão métrica.

  3. Certificado Energético: Frequentemente o documento mais preciso para a Área Útil, pois resulta de uma medição técnica atual feita por um perito no local.


3. Porque é que a Confusão Custa Dinheiro?


Não saber interpretar estes números pode levar a prejuízos financeiros diretos em três frentes:


A. O Preço "Insuflado" (O Erro do Comprador)


Um proprietário anuncia um T3 de 100m² (ABP) + 50m² de terraço + 20m² de garagem como um imóvel de 170m². Se o preço médio da zona for 4.000€/m², o vendedor pode tentar pedir 680.000€. O problema: O metro quadrado de um terraço ou garagem vale, no mercado, cerca de 30% a 50% do valor do metro quadrado de habitação. Se pagar o terraço ao preço da sala, está a pagar centenas de milhares de euros a mais.


B. O Financiamento Cortado (O Choque Bancário)


Os peritos avaliadores dos bancos regem-se por normas estritas. Se o contrato promessa for baseado numa "Área Total" de marketing, mas a avaliação técnica considerar apenas a "Área Bruta Privativa" legal, o valor da avaliação (LTV) será menor. Resultado: O banco empresta menos dinheiro e o comprador tem de cobrir a diferença com capitais próprios de um dia para o outro.


C. A Tributação Excessiva (O Erro Fiscal)


Muitos imóveis antigos têm áreas registadas nas Finanças superiores à realidade (erros de medição antigos). Isso significa que pode estar a pagar IMI anual sobre metros quadrados que não existem. Uma retificação de áreas (modelo 1 do IMI) pode poupar-lhe centenas de euros por ano, mas exige medição profissional.


Conclusão: Exija Rigor, Não Adivinhação


avaliação imobiliária

No mercado imobiliário, tamanho é documento, mas é preciso saber qual deles ler.

Não compre "Área Total" ao preço de "Área Privativa". Antes de fazer uma proposta, peça a análise da Caderneta Predial e do Certificado Energético.


Na DS PRIVATE PORTO AVENIDA, a nossa equipa realiza uma auditoria documental completa antes de qualquer transação. Garantimos que o preço que paga reflete o valor real do ativo e não uma ilusão métrica.


Está na dúvida sobre as áreas do seu imóvel ou daquele que pretende comprar? Fale connosco. Medimos o sucesso pelo rigor.



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